Avaliação Parcial da I Unidade de Histologia ministrado pelo Prof. Dr. Iolando Fagundes - Odontologia - FAINOR - 1º Semestre. Alunos: Alana Muniz, Ana Luiza Dompsin, Indiara, João Cáudio Borges, João Pedro Chequer, Luciane Castro, Monique Lopes, Mozart Novaes, Rômulo Cardoso, Údine Lima.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Esclerose Sistêmica

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Esclerose Sistêmica



Descrição

A esclerose sistêmica ou esclerodermia é uma doença reumática auto-imune, ou seja, o organismo passa a produzir anticorpos que atacam as próprias células da pessoa afetada. Paralelamente à produção desses anticorpos acontece uma produção exagerada de tecidos fibrosos. Ocorrem também alterações dos vasos sangüíneos, principalmente nos capilares, que levam a um déficit crônico de oxigênio e nutrientes nos tecidos. Desse modo, caracteriza – se pela disfunção generalizada do tecido conjuntivo, progressiva e de etiologia desconhecida, podendo levar a óbito.
Alterações inflamatórias crônicas que causam espessamento, fibrose cutânea e de tecidos moles é associada a alterações vasculares periféricas e viscerais. A pele fica espessa e rígida atrapalhando a movimentação, ela piora no frio quando os vasos tem hipersensibilidade (vaso em constrição).
A esclerose sistêmica não é uma doença transmissível pelo contado e também não há evidências de transmissão de pais para filhos.

 

 

 

Classificação

1. Sistêmica: (mais grave)
  • Difusa
  • Limitada
  • Overlap ou síndrome de sobreposição (mais de uma doença)
  • Visceral (órgãos internos) pele + rígida em todos os locais / canal do esôfago que é elástico ele não se dilata mais ao alimento (tem disfagia: regurgitação do alimento)
2. Localizada: (menos grave)
  • Linear
  • Atinge apenas um segmento do corpo
  • Generalizada
3. Induzida: devido à atuação de agentes externos.


Causas
A causa da esclerose sistêmica é desconhecida. Algumas pesquisas recentes demostraram que a troca de células entre mãe e feto durante a gestação poderia causar a doença em algumas pessoas. Porém, esse fato não explica a totalidade dos casos.
Sintomas

Quadro clínico

Forma difusa: Progressão rápida, lesão cutânea, aumento do risco de lesão renal, cardíaca e pulmonar nos primeiros 5 anos.
Forma limitada: Curso mais lento e benigno, apenas Raynaud durante anos, podem ter lesão viscerais com os anos.
Manifestações cutâneas - Espessamento (escleroderma) + característica da doença. Fase edematosa: pele brilhante, com edema difuso em mãos e pés.

 

 

 

Fenômeno de Reynaud

  • Muito relacionado com o frio e doenças vasculares
  • Distúrbio vaso motor
  • Isquemia bem localizada, palidez (vasoespasmo), cianose e rubor.
Esse fenômeno é transitório = 20 a 30 minutos desaparece mas pode reaparecer

Fase indurativa

  • Pele endurecida, inelástica e aderida aos tecidos profundos, ulcerando-se com facilidade e prejudicando a mobilidade articular
  • Desaparecem as rugas de expressão da face
  • Nariz e comissura labial afilados
  • Dificuldade para mastigação e para falar
  • Pele seca, áspera e sem pêlos.

Manifestações vasculares

Microulceração isquêmica da polpa digital, podendo evoluir para úlceras, gangrenas e amputações que ocorrem naturalmente devido a complicação do caso.

 

Manifestações articulares e músculo - esqueléticas

Principal causa de morbidade e incapaciadade
  • Dor e rigidez, maiores que a inflamação
  • Crepitação articular ao movimento
  • Contraturas articulares
  • Retrações tendíneas devido à inelasticidade e fibrose periarticular
  • Garra esclerodérmica nas mãos (mãos em garra - flexão dos dedos)
  • Fraqueza e atrofia muscular (por causa do pouco uso)


Manifestações gastrointestinais
Disfunção esofágica - por atrofia e fibrose, disfagia pirose (queimação) retroesternal, regurtição e sensação de parada do alimento no esôfago (causa de morte) - paciente pode bronco aspirar o alimento que pode levar a uma pneumonia.
Manifestações pulmonares
  • Hipertensão pulmonar
  • Cardíacas: pericardite, arritmias.
  • Renais: glomerulonefrite até insuficiência renal.



Diagnóstico
  • Critério Maior: Esclerodermia proximal
  • Critério Menor: Esclerodactilia (espessamento da pele dos dedos), úlceras distais ou reabsorção de falanges distais.


Tratamento
Tratamento medicamentoso
  • Analgésicos
  • Corticoesteróides
  • Drogas vasoativas
  • Imunossupressores
Tratamento fisioterápico

Objetivo: Manter e aumentar mobilidade da pele e articular, melhorar equilíbrio, marcha, força muscular, consciência corporal e postural, e educação sobre a doença.
  • Orientações
1) Encaminhar ao Nutricionista
2) Ensinar mudanças de postura
3) Cuidado com cosméticos na face
4) Lubrificar a pele
5) Cuidado com os dentes
6) Cabeceira da cama elevada

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