Na figura
podemos observar um osso sadio, de uma pessoa jovem, à esquerda; e um osso com
osteoporose, de uma pessoa de idade mais avançada, à direita
Considerada um grave problema de saúde pública, a osteoporose é uma doença que se
caracteriza pela diminuição da densidade óssea, deixando os ossos fragilizados,
o que facilita a ocorrência de fraturas após traumas mínimos. A osteoporose é
uma doença que afeta principalmente mulheres na pós-menopausa; e, na maioria dos
casos, o paciente só descobre que está com a doença após a primeira fratura.
A fratura
do fêmur é um dos tipos de fratura mais graves para o portador de
osteoporose. Cerca de 20% das pessoas com esse tipo de fratura morrem em razão
da própria fratura ou de complicações ocasionadas por ela, como embolias ou
problemas cardiopulmonares. Os 80% restantes podem ficar com algum tipo de
incapacidade física.
A osteoporose pode ocorrer em razão de dois
fatores, mas para entendê-los é preciso saber que em nosso corpo sempre há a
renovação das células dos tecidos; e com o tecido ósseo não é diferente. Em
nossos ossos sempre há a substituição das células velhas por células novas, e
nesse processo o organismo pode precisar de substâncias (como o cálcio) para
fazer essa substituição. Assim, durante esse processo, as células chamadas de osteoclastos escavam os ossos,
retirando as células antigas e promovendo a reabsorção óssea; sendo que células
chamadas de osteoblastos preenchem
a área absorvida com um novo osso. Geralmente, até os trinta anos de idade,
essa reposição de células acontece normalmente, mas a partir dessa idade, a
pessoa começa a perder massa óssea lentamente. Isso explica por que a pessoa
vai diminuindo, conforme envelhece.
Na osteoporose
senil, os osteoclastos formam as cavidades para a substituição das
células ósseas, mas os osteoblastos não conseguem preencher aquela cavidade da
maneira correta, o que deixa o osso fragilizado e propício a fraturas.
Já a osteoporose
provocada pela diminuição ou ausência dos hormônios femininos (estrógenos)
ocorre na menopausa em virtude da ausência desses hormônios. Nesse caso, os
osteoclastos aumentam sua atividade, produzindo cavidades cada vez mais
profundas. Os osteoblastos, por sua vez, também aumentam sua atividade tentando
preencher a cavidade, mas isso não é possível, em razão da grande reabsorção
que os osteoclastos promovem, provocando, assim, uma diminuição significativa
da massa óssea.
Alguns fatores podem
desencadear a osteoporose, como:
- Pessoas
da raça branca ou asiática têm mais chances de desenvolver a doença;
- Pessoas
com histórico de osteoporose na família;
- Baixa
estatura;
- Massa
muscular pouco desenvolvida;
- Baixa
ingestão de cálcio e/ou vitamina D;
- Sedentarismo;
- Pouca
exposição ao sol;
- Pessoas
vegetarianas;
- Menopausa
precoce;
- Menarca
tardia;
- Retirada
dos ovários sem reposição hormonal;
- Ser
portador de doenças, como doença de Cushing, diabetes,
hiperparatireoidismo, linfoma, leucemia, má-absorção, gastrectomia,
doenças nutricionais, mieloma, artrite reumatoide e sarcoidose.
O diagnóstico da
osteoporose é feito a partir da avaliação da densidade óssea, exame físico,
história clínica, exames laboratoriais e radiografias.
O tratamento da
osteoporose é feito a partir da ingestão de cálcio, estrógeno, agentes
antirreabsortivos, calcitonina, bisfosfonatos, vitamina D3 e estimulantes da
formação óssea, como fluoreto de sódio, paratormônio e atividades físicas. Toda
a medicação prescrita pelo médico atuará na diminuição da reabsorção dos ossos,
aumentando a sua formação.
Algumas mudanças nos hábitos alimentares e no
estilo de vida podem ajudar aprevenir o
aparecimento da osteoporose. Dentre elas podemos citar o aumento na ingestão de
cálcio, a prática de atividades físicas, a redução no consumo de álcool e
cigarro, etc.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia
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