Espinha Bífida
É uma
malformação congênita provocada por um fechamento incompleto do arco vertebral
embrionário. É uma das lesões mais comuns da medula espinhal, podendo ocorrer
em toda a extensão da coluna espinhal, já que não há proteção óssea. A espinha
bífida geralmente vem acompanhada de outros problemas como:
- Hidrocefalia,
- Paralisia flácida;
- Diminuição da força muscular;
- Atrofia muscular;
- Diminuição ou abolição dos
reflexos tendíneos;
- Incontinência dos esfíncteres de
reto e bexiga;
- Malformações de origem paralítica
e congênita.
Causas
Dentre
as diferentes causas desta patologia, encontram-se:
- Idade avançada dos pais;
- Hereditariedade
- Ambientais (é mais comum em
crianças que nascem no inverno);
- Mães diabéticas ou que fazem uso
de fármacos para convulsão apresentam maior probabilidade de gerarem
crianças com espinha bífida;
- Déficit de ácido fólico no
organismo da mãe;
- Ingestão de álcool por parte da
gestante.
A
espinha bífida é classificada em três tipos:
- Oculta: quando há uma deformidade que
se caracteriza por um problema na união do arco posterior da vértebra, que
normalmente não está acompanhada de alterações aparentes das estruturas
contidas no canal vertebral. Esta alteração pode não ser percebida durante
a vida inteira do indivíduo e vir a ser relacionada a problemas
neuromusculares ou esqueléticos.
- Meningocele: este tipo de deformidade
apresenta uma solução de continuidade do arco posterior juntamente com uma
herniação das meninges e a produção de um saco no qual se encontra um
líquido. Esta deformidade pode vir acompanhada de alterações
neuromusculares.
- Mielomeningocele: esta deformidade vem
acompanhada de herniação dos envoltórios da medula espinhal juntamente com
estruturas nervosas. Habitualmente encontra-se associada mielodisplasia ou
uma hidromielia, causando uma grave disfunção neuromuscular distal.
A
localização da deformidade em questão determina a paralisia do indivíduo
portador da espinha bífida. Caso encontre-se na coluna dorsal, L1 ou L2 a
paralisia é considerada alta; no nível da vértebra L3 é média, enquanto que no
nível da L4, L5 e sacrais é baixa.
A
detecção da espinha bífida pode ser feita durante o primeiro trimestre de
gestação, por meio da ecografia. Também é possível ser detectada com a
realização de uma amniocentese, de acordo com o nível da proteína
α-fetoproteína presente no líquido amniótico.
Após
o nascimento, quando a espinha bífida não é oculta, é possível a visualização
do orifício formado na coluna e a exposição de tecido nervoso.
O
principal passo no tratamento da espinha bífida é o encerramento da lesão.
Durante o exame, deve ser avaliado se há a presença de hidrocefalia. A
realização de exercícios fisioterápicos auxilia na correção de possíveis
deformidades resultantes desta patologia, como, por exemplo, pé torto, coxa
deslocada, reduzida amplitude articular, alterações no tronco, além de conferir
força à musculatura.
É
fundamental que os pais recebam orientação quanto à forma que devem tratar a
criança portadora dessa deformidade, para que a mesma seja estimulada e o
agravamento do quadro evitado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário